Comissão do Ministério da Saúde é contra oferta do Wegovy e Saxenda no SUS; sociedade médica critica falta de opções de tratamento

  • 15/05/2025
(Foto: Reprodução)
O custo elevado dos medicamentos foi uma das justificativas ao parecer contrário. Outro argumento foi a necessidade de acompanhamento especializado, como suporte psicológico e mudanças no estilo de vida, que dificulta a implantação em larga escala no SUS. Clínicas de estética oferecem caneta emagrecedora em dose fracionada sem aval A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) recomendou barrar a inclusão dos medicamentos Wegovy (semaglutida) e Saxenda (liraglutida) na rede pública de saúde para o tratamento da obesidade. Os remédios são conhecidos como canetas emagrecedoras. A reunião do Conitec aconteceu no dia 8 de maio, mas o vídeo do encontro só foi publicado nesta terça-feira (13) no canal do órgão no Youtube. Os membros da comissão fizeram a apreciação inicial do pedido de inclusão da semaglutida para o tratamento da obesidade graus dois e três em pacientes sem diabetes com idade a partir de 45 anos e com doença cardiovascular estabelecida. Eles recomendaram o encaminhamento à consulta pública, mas com parecer desfavorável. Retenção de receita médica para medicamentos como Ozempic, Wegovy, Saxenda e similares será obrigatória a partir de julho Adobe Stock No caso da liraglutida, a apreciação inicial foi para a inclusão no tratamento da obesidade e diabetes mellitus tipo 2. A recomendação e o parecer foram iguais ao da semaglutida. A partir de julho, por decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), será obrigatória a retenção de receita médica para venda de medicamentos como Ozempic, Wegovy, Saxenda e similares. LEIA MAIS Canetas emagrecedoras: médicas vão à polícia após terem nomes usados em site de venda Sem aval, clínicas de estética oferecem caneta emagrecedora Mounjaro em dose fracionada e até por delivery Custo elevado para o SUS O custo elevado dos medicamentos foi uma das justificativas da comissão para dar parecer contrário. A análise de impacto financeiro apresentado na reunião mostrou que a inclusão da semaglutida representaria um gasto de, no mínimo, R$ 3,4 bilhões em cinco anos, podendo chegar até R$ 7 bilhões. Outro argumento foi que, para a utilização eficaz desses medicamentos, é necessário um acompanhamento especializado como suporte psicológico e mudanças no estilo de vida, por exemplo. Isso, segundo a Conitec, poderia dificultar a implantação em larga escala no SUS. Para Maria Edna de Melo, membro da Comissão de Relações Institucionais e Políticas Públicas da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, a decisão do Conitec preocupa porque os pacientes do SUS vão continuar sem acesso a tratamento por meio dos medicamentos. "O que se tem de tratamento estruturado para obesidade, hoje, é a cirurgia bariátrica, mas conseguir uma é muito difícil”, diz a especialista. O que acontece agora O parecer da Conitec não é definitivo. As contribuições recebidas durante a consulta pública serão incluídas em um relatório técnico. Esse documento é analisado pela comissão, que pode confirmar ou mudar o parecer contrário inicial. A decisão, então, é encaminhada para a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (Sectics), responsável pela Política Nacional de Ciência e Tecnologia em Saúde. Poderá haver novas audiências públicas e outra discussão na Conitec, mas a decisão final é da Sectics.

FONTE: https://g1.globo.com/saude/noticia/2025/05/15/comissao-do-ministerio-da-saude-e-contra-oferta-do-wegovy-e-saxenda-no-sus-sociedade-medica-critica-falta-de-opcoes-de-tratamento.ghtml


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